segunda-feira, janeiro 12, 2015

?

será o vício no excesso?
ou o vício de ter um vício

só pra me sentir completa

inteira de uma metade que nem é




vulnerabilizo-me

segunda-feira, outubro 27, 2014

segunda-feira, novembro 18, 2013

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"
houve uma vez, talvez.

e tenho a quase certeza de ter havido mesmo

em que eu me apaixonei por uma menina linda, ela, não era tão menina assim, ela era mulher. ela era linda. linda e mulher.
quando a conheci, estava perdida no sentir, no seu sentir tudo, e no tudo que sabia que teria que sentir, vivendo o que era pra viver dentro de seus sentires e dores do viver, do crescer e do ser.

ela, era também delicada. sua pele, alva e doce.
me causava a sensação de banho fresco, de lençol limpo, de antemanhã, do alvorecer de uma manhã de quase sol, e de mais de mil sensações, dessas que só os exemplos bregas e sinestésicos podem definir.

lembro que minhas mãos, alcançavam sua pele sem obedecer ao resto do corpo. e quando eu menos percebia, já estava enlaçada em seus braços, em seu corpo, em seu ser leve e lindo. adulto e devorador de juízo."

quarta-feira, janeiro 09, 2013

?

E pra que serve a razão?

sexta-feira, novembro 09, 2012

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Me contento
  contente
Me concentro
  distante
Me inte(i)ro
  metade
Me divido
  mantendo

Somente - só = mente
         mente?
     M e t a d e

satisfatória (-) mente

só.

quarta-feira, novembro 07, 2012

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"Meu amigo, não sou o que pareço. A aparência não é senão uma roupa que visto – uma roupa tecida com cuidado que me protege das tuas interrogações e a ti da minha negligência.

O “eu” em mim, meu amigo, mora na casa do silêncio, e ali permanecerá para todo o sempre, despercebido, inacessível.
Não quisera que acreditasses no que digo nem que confiasses no que faço – porque as minhas palavras não são nada senão os teus próprios pensamentos feitos som e os meus actos as tuas próprias esperanças em acção. 

Quando tu dizes “O vento sopra em direcção aleste”, eu digo “Sim,sopra em direcção a leste”; porque não gostaria que soubesses que a minha mente não mora no vento mas no mar. 

Tu não podes compreender os meus pensamentos de navegador,nem eu queria que compreendesses. Prefiro estar sozinho no mar.

Quando é dia para ti, meu amigo, é noite para mim; contudo ainda assim falo do meio-dia que dança nas colinas e da sombra púrpura que furtivamente abre caminho através do vale; porque tu não podes ouvir as canções das minhas trevas nem ver as minhas asas batendo contra as estrelas – e de bom grado queria que não ouvisses ouvisses. Prefiro estar sozinho com a noite.

Quando tu sobes ao teu Céu eu desço ao meu Inferno – mesmo então chamas-me do outro lado do abismo intransponível “Meu companheiro, meu camarada” e eu chamo-te de volta “Meu camarada, meu companheiro” – porque não quero que me vejas no meu Inferno. A chama queimaria a tua visão e o fumo encheria as tuas narinas. E eu gosto demasiado do meu Inferno para deixar que o visites. Prefiro estar sozinho no Inferno. 

Tu amas a Verdade e a Beleza e a Rectidão; e eu por tua causa digo que está bem e que é correcto amar estas coisas. Mas no meu coração rio-me do teu amor. Contudo não quereria que visses o meu riso. Prefiro rir sozinho. Meu amigo, tu és bom e prudente e sensato; não, tu és perfeito – e eu, também, falo contigo sensata e prudentemente. E contudo sou louco. Mas disfarço a minha loucura. Prefiro ser louco sozinho.

Meu amigo, tu não és meu amigo, mas como fazer-to compreender? O meu caminho não é o teu caminho, contudo juntos caminhamos, mão na mão.”

Gibran Khalil






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domingo, outubro 28, 2012

´´``

não exija de mim o que eu não posso te dar
se não sei ser,
o que te resta é fugir!

se a nudez dos meus sentires te ofende a alma,
nada posso fazer!


pois esse sentir, é intrínseco
dilacerante
e
me fazendo mal ou bem
remexe o que em mim grita
e
nunca se afasta!

sexta-feira, outubro 26, 2012

-


Temendo, teimo.

Insisto, instigo...
i n s t i n t o.

Em desatino, desmancho minhas amarras em seus braços.
Firmes e seguros,
tanto-quanto-os-
meus.

deleito-me em sua pele doce
deito-me em seu colo quente
encaixo-me em seu corpo cru

saboreando cada pedaço seu
e desse hoje que embala tão bem meu ser caótico e atormentado
doce fuga
doce refúgio
e se fujo?

quase-
sempre!







tempo bom.

domingo, outubro 14, 2012

...





"Ser às vezes sangra."

C.L










deixando sangrar...

sexta-feira, outubro 05, 2012

=

a metade que me falta
é o meu eu que nunca fui

é a parte do inteiro que se perdeu no ser-sendo
-indo
levando 
sendo levada

como.
encontrar o que falta 
sem saber o que procurar?

essa quase-metade
foge
fode
incômoda com a cobrança de ser

mas o quê?


perdi de novo..